O erro fatal que quase deitou por terra o meu negócio de agência criativa e artes gráficas
A Spammm começou a ganhar forma em 2008. Na altura, era só eu, cheia de vontade de criar e com uma paixão gigante por comunicar através do design. Fui conquistando os primeiros clientes, montei um portefólio que me deixava orgulhosa e, aos poucos, a agência foi crescendo.
Fazíamos um bocadinho de tudo — design gráfico, branding, personalização de brindes, redes sociais… O telefone tocava, os emails entravam, os trabalhos iam sendo entregues. Estava tudo a correr bem.
Até que cometi um erro. Daqueles que, se não acordamos a tempo, podem mesmo deitar tudo a perder.
Acreditei demasiado naquela ideia de que “um bom trabalho vende-se sozinho”.
Durante demasiado tempo, deixei de lado aquilo que vendemos todos os dias aos nossos próprios clientes: visibilidade, comunicação, presença. Estava tão focada em entregar bons projetos que me esqueci de cuidar da nossa marca. De aparecer. De investir no nosso marketing. De manter as redes ativas e preparar o terreno para novos contactos.
E o que é que aconteceu? Quando os projetos acabaram e os clientes antigos seguiram o seu caminho, fiquei sem nada alinhado. A caixa de entrada parou. O telefone deixou de tocar. E o pior? Como não estávamos a mostrar o nosso valor, parecia que tínhamos desaparecido do mapa.
Foi um balde de água fria. Mas também foi o clique que eu precisava.
Percebi que criatividade é essencial, mas sem estratégia, não se aguenta.
Há cerca de um ano, o meu marido entrou oficialmente para a equipa. E a partir daí tudo ganhou uma nova direção. Reestruturámos processos, criámos novos serviços, afinámos a comunicação. Começámos a trabalhar lado a lado, com uma visão mais clara, mais estratégica e alinhada.
Os frutos não tardaram: apareceram novos clientes, projetos maiores, mais reconhecimento. O negócio cresceu tanto que, no último ano, mudámos de instalações duas vezes para conseguir acompanhar o ritmo.
A boa notícia? Voltámos a estar no controlo. Planeámos melhor, posicionámo-nos com intenção e tratámos da nossa comunicação como se fôssemos o nosso cliente mais importante.
Moral da história: Nunca penses que o teu talento se vende sozinho. Se não mostrares o que vales, alguém com menos competência mas mais visibilidade vai ocupar o teu lugar.
